Holanda - Sexo, Drogas e 2o guerra mundial

Aiiiiiiii, esta Holanda é surpreendente e louca.

Confesso que saí um pouco decepcionado de Amsterdã. É uma cidade com aspectos bem peculiares, mas que é estragada em parte pela Maconha. Isso mesmo !!! O uso de drogas é liberado na Holanda e isso faz com que cada esquina tenha milhares de maconheiros fumando. É possível ver crianças passeando na rua ao lado de caras doidões. Bem impactante. Tudo bem este meu preconceito tem origens jamaicanas, mas com uma diferença de que por aqui há uma sensação de segurança. Definitivamente roteiros exóticos sairão da minha lista nas próximas viagens.


Também há a Red Light District. Esta rua expõe prostitutas em vitrines e o cliente pode escolher. Como um grande mercadão... :-) Mas não se preocupe, elas pagam imposto ao governo. Esta é uma profissão regularizada. Algumas delas batem na janelinha te chamando.


Como nem tudo é drogas e sexo em Amsterdã, a salvação foi o Museo de Anne Frank. SENSACIONAL. Dica de minha amiga Mônica. Eu não tinha noção de quanto esta menina de 15 anos era importante. Ela é uma judia Alemã de classe média com 13 anos que viveu na Holanda durante o Holocausto. Para fugir dos campos de concentração a familia decidiu contruir um esconderijo no fundo do escritório da fábrica do pai dela. A fábrica foi transferida para um Holandês não judeu amigo da familia que passou a administrar os negócios oficialmente e um grupo de amigos da familia levou alimentos e deu cobertura ao esconderijo. Tudo isso durou 2 anos quando o esconderijo foi descoberto e a familia levada aos campos de concetração alemães e mortos. Anne Frank é a caçula e escreveu um diário sobre a convivência da familia e como ela se desenvolveu no período e como ela vivia a guerra. O diário foi publicado pelo pai dela (único sobrevivente) alguns anos depois.

Eu li o livro depois de visitar o Museo e a menina tem muito talento. Apesar de conter alguns aspectos infantis dado a idade dela, o livro é profundo ao comentar as mazelas do ser humano e de questionar a necessidade de igualdade em pessoas de diferentes religiões.

Trecho extraido do livro
- Há-de chegar o dia em que guerra medonha acabará. Há-de chegar o dia em que também voltaremos a ser gente como os outros e não apenas judeus ! Nunca poderemos ser só Holandeses, ingleses ou súditos de qualquer outro país. Seremos sempre judeus. E queremos se-lo. (Anne Frank, 9 de Abril de 1944).

Lendo o livro e visitando o Museo tem-se a percepção de estar vivendo na epoca da guerra. Depressivo mas incrivelmente rico em termos humanos.

Roterdã, cidade bem acolhedora e alem de praças e museos, temos as casas na árvore. São contruções inpiradas na época do Cubismo (principal talento foi Picasso). Outra coisa interessante foi conhecer uma mulher de natal que vivia há 15 anos na Holanda. Separada de um Holandes e com o filho e orgulha-se em falar que é Brasileiro (apesar dele ter nascido na Holanda e falar pouco Portugues) contando as dificuldades e o preconceido vivido por ela. Bem comovente.










Pérolas:
- Oh Master, o que faremos agora ?
- Let's go Forest.
- Este é o Buldog ??????
- Quero ir embora.
- Os Americanos são muito melhores.
- Definitivamente Portugues é uma lingua inútil.
- Acabaram as roupas limpas, e agora ? mesmo para o meu sabonete.
- Estou com preguiça mas a minha blusa quer continuar a conhecer a europa. Ela já tem vontade própria.

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