Esse era uma dos destinos da viagem ao Japão em que nós tínhamos as maiores expectativas e para a nossa felicidade o lugar fez jus ao esperado. Chegada complicada pelo número de conexões que incluiam Kyoto, Osaka, Namba, Gokuraku, Wakayma e finalizando com um cable car (teleférico) até Koyasan e finalmente um ônibus para levar até a pousada. Foi um dos trechos mais complicados de chegar, mas tudo funcionou perfeitamente bem.
Escolhemos um ryokan gerenciado por monges. Experiência incrível. O nome é Hoon-in. O nosso dormitório segue a tradição japonesa com camas no chão e paredes com detalhes em madeira. Tudo muito bem cuidado e extremamente limpo. O nosso schedule incluía horário para acordar, horário para dormir, café-da-manhã, horário de prece, horário de banho. Pode parecer meio militar, mas foi tudo tão harmonioso que nem sentimos. O jantar vegetariano foi um experiência bem diferente e como era esperado houveram dias que gostamos mais da comida do que outros dias. Mistura de legumes, frutas e condimentos para deixar o sabor. Claro que não faltou o sake também.
Nos passeios começamos por Danjo Garan que era uma área dedicada aos estudos do budismo. Ele é composto de templos e pagodas de 48 metros de altura. Colossal. Talvez um dos maiores que vimos até o momento. Há uma pagoda (Sai-to Pagoda) logo an entrada laranja e depois uma outra (Konpon Daito) que é possível entrar. Estas são as mais legais. Muita paz. Ficamos impressionados com a abordagem de 3 crianças que vieram até nós. Eles tinham um script de perguntas e o objetivo deles (acompanhado pelos pais) era treinar o inglês. Excelente exercício não somente pelo idioma mas também para o desenvolvimento de soft skills. Ao final tiramos fotos com eles para registro. Por mais ações como estas pelo mundo.
No segundo dia, optamos por fazer um dos passeios que seria um dos mais distantes. Kobu Daishi Gobyo. Fizemos a trilha pela cidade passando por cemitérios de mausoléus. Muita paz na chegada. Passamos pela ponte Gobo No Hashi bridge que é uma das mais famosas e depois no templo Toro-do Hall que é um templo de adoração aos deuses. Ele possuem mais de 10.000 lanternas para lembrar dos peregrinos. Passeamos sem a menor pressa e fomos parar em uma missa budista em japonês. Ficamos por volta de 30min e tomamos um chá mas não ficamos até o final. Difícil sem entender o idioma. No caminho a natureza com arvores centenárias de mais de 20 metros de altura se fundia com os mausoléus. Na volta a fome apertou e como de costume foi difícil achar um lugar para almoçar. Salvo por uma única opção com sushi e sopa de peixe. '
Mais um pouco de andanças visitando um santuário com diversas figuras de Buda em pedra. Fantástico. Não tinha ninguém. O silencio foi ótimo e acabamos em uma loja de Sake comprando uma garrafa para bebermos no quarto. Dia muito bom. Lento, gostoso e aprendendo.
No último dia começamos pelo portal de Daimon que é uma estrutura de madeira que é a entrada da cidade. Depois fomos até Nyonindo que simboliza uma mulher lutou pelos direitos da mulher camponesa e completamos o dia no mausoléu de Tokugawa. Este último é uma mausoléu construído em 1643 por ordem do Shogun e levou 20 anos para ficar pronto. Pagamos a entrada mas confesso que não vale a pena. As estruturas de madeira não são tão grandes comparado com o Danjo (que foi gratuito). Passamos o resto da tarde bebendo Saque e conversando sobre a vida.
No geral Koyasan foi sensacional. Foram dias de muita paz espiritual, alimentação muito saudável e exercícios físicos porque fizemos tudo a pé. Realmente as energias foram recarregadas e estamos voltando muito mais fortes.
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